terça-feira, 7 de junho de 2011

CES/JF ABRE INSCRIÇÕES PARA O VESTIBULAR 2º SEMESTRE


Começou no dia 30 de maio as inscrições para o vestibular de segundo semestre do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. Além dos já tradicionais 14 cursos de graduação, a instituição está oferecendo dois novos cursos pensando nos eventos esportivos que o Brasil irá sediar nos próximos anos, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Os cursos são: Tecnologia em Hotelaria e Tecnologia em Gestão Desportiva e de Lazer, sendo ambos com duração de 2 anos.

As provas podem ser realizadas de três maneiras: através da prova tradicional, da prova eletrônica ou o ENEM 2010. A prova tradicional será realizada no dia 28/06. As inscrições para essa modalidade vão até o dia 24/06. O candidato que desejar realizar a prova eletrônica ou utilizar a nota do ENEM 2010 deverá se inscrever do dia 11/07 a 13/07. A prova será realizada nos dias 18, 19 e 20/07.

Os cursos oferecidos são:
Arquitetura e Urbanismo
Ciências Biológicas
Comunicação Social (Jornalismo)
Comunicação Social (Publicidade e Propaganda)
Engenharia de Telecomunicações
Filosofia
História
Letras (Língua Portuguesa)
Psicologia
Sistemas de Informação
Teologia
Design de Interiores (Tecnológico)
Design de Moda (Tecnológico)
Gastronomia (Tecnológico)
Gestão Desportiva e Lazer (Tecnológico)
Hotelaria (Tecnológico)


Mais informações no site da instituição ou pelo telefone (32() 2102-7719.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Inovação na abertura da
IV Semana de Comunicação

A IV Semana de Comunicação começou dia 30 de maio de 2011, no anfiteatro do CES e  palestra de abertura contou com a presença de alunos, professores, funcionários e pais de alunos, que acompanhando os filhos, assistiram atentamente ao palestrante Márcio Ferreira.

Coube a Lucia Schmidt iniciar o evento, abordando o tema e apresentando a mesa. A professora lembrou da importância de espaços de discussões como esse, e encerrou sua fala com os devidos agradecimentos. Seu pronunciamento foi encerrado com aplausos ansiosos, mas antes que Márcio Ferreira pudesse iniciar sua palestra, a abertura desse ano contou um elemento inovador. Logo depois das apresentações, o professor Gustavo Burla pediu a palavra e chamou os alunos do terceiro período de comunicação, que surgindo no meio da plateia, surpreenderam a todos com uma emocionante representação do poema “o dia da criação” de Vinícius de Morais.

Por fim, Márcio Ferreira, que além de um longo currículo, trouxe uma palestra descontraída e leve, com muitos vídeos e fotos. Abordou a questão das mídias sociais e a influência delas no mundo. Fez uma análise de pontos negativos e positivos das redes sociais a cerca do contexto social, e encerrou com uma simples frase “usem as redes sociais para o bem”. Essa foi a mensagem que os jovens saíram daquele anfiteatro, uma mensagem que os acompanhou por toda Semana de Comunicação.

terça-feira, 24 de maio de 2011

IV SEMANA DE COMUNICAÇÃO

Na próxima segunda-feira, dia 30, vai ter início a IV Semana de Comunicação do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. Os temas desse ano vão ser as redes sociais e a sustentabilidade, e as atividades vão acontecer até o dia 3 de junho, sexta-feira.

As incrições deverão ser feitas pelo site de Comunicação Social, de 25 a 27 de maio.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Camisa jeans: está com tudo
e não está prosa!


No dicionário, “versátil” que dizer algo “propenso à mudança; volúvel, inconstante, mudável“. No mundo da moda, a palavra tem ligação direta com uma peça que vem ganhando os closets de todo o país: a camisa jeans.

A peça, que foi febre nos anos 90, virou a nova queridinha do inverno 2011. Em blogs e revistas especializadas em moda, lá está ela, em lavagens claras e escuras, de todos os tamanhos e combinadas de várias formas.

Um dos pontos chaves da camisa jeans é o seu caráter democrático e sua versatilidade. Ela pode ser usada por qualquer pessoa, já que o jeans é um material que cai bem em altas, magras, gordinhas, baixas e, por ai vai. Além disso, essa peça-coringa cai bem tanto no dia, para uma produção mais casual sem perder a elegância, quanto à noite, onde pode ser combinada com acessórios brilhantes.

Para dar um tom mais feminino à camisa jeans, que veio “emprestada” dos guarda-roupas masculinos, é só usar a peça com tecidos finos, babados, sandálias e acessórios delicados e, pronto. Um visual leve, feminino e totalmente na moda.
Fernanda Dupont, 20 anos, nunca trabalhou com moda, mas frequenta blogs e está sempre lendo tudo sobre as tendências da moda. Para ela, a camisa jeans é um item essencial para as mulheres. “ Tem que ter mesmo no armário! É um item básico como aquele pretinho básico. Deixa toda mulher elegante”, diz ela.



 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

NOVOS HORIZONTES
O peso do intercâmbio na vida pessoal e profissional dos jovens


Fazer um Intercâmbio Cultural é a realização de um sonho para muitos dos estudantes, e a busca por essa atividade só tem aumentado nos últimos anos. Existem muitos pacotes de intercâmbios atualmente, dentre eles os Cursos de Idiomas, Programas AuPair (convidando jovens estrangeiros para se hospedar gratuitamente em sua casa) e estágios não-remunerados.

Camila numa nevasca
em Dublin.
Camila Teodoro viveu em Dublin por mais de um ano e meio, trabalhou de AuPair a caixa, e afirma ter sido o melhor momento da sua vida: “é uma experiência única que se possível todos deveriam fazer. Não só ir para estudar, mas trabalhar também, vivenciar com intensidade e apego a vida na outra cultura!” Além disso, considera o Intercambio uma viagem que busca o auto-conhecimento, um aprofundamento pessoal.

Rafael Paiva em seu trabalho
nos EUA.
Quando realizam uma viagem ao exterior, os jovens adquirem uma bagagem de novas tradições e idiomas. Para Rafael Paiva, que trabalhou em uma estação de esqui por três meses no Colorado, além de desenvolver o inglês e ser um grande exercício para personalidade, por ter que lidar com pessoas e costumes tão diferentes, a viagem foi fundamental para seu amadurecimento profissional “foi muito importante ter essa experiência internacional, tanto profissional, como culturalmente.”

E esse exercício com costumes e idiomas tão diferentes pode ser uma das maiores dificuldades dos intercambistas. Priscila Cheioste, que fez curso de inglês por seis meses na Irlanda, sentiu muita dificuldade com a nova língua. “A principal dificuldade era a comunicação, porque o que sabia de inglês ainda não era o suficiente para conversar sobre muitos assuntos, isso atrapalhava bastante.”

Priscila com seus amigos em
um parque na Irlanda.
Além disso, ter uma independência imediata as vezes geram nos jovens, um certo sentimento de solidão, como compartilha Camila “no Brasil sempre estava com os amigos ou familia do lado. Não iria a padaria sozinha.” Por isso, ela acredita que foi uma atividade muito importante para seu amadurecimento.

Mas em geral, esses três jovens compartilham os mesmos pensamentos: maturidade, independência e adaptabilidade foram os grandes benefícios que o Intercâmbio gerou para suas vidas, e a experiência vai para sempre um importante passo de suas vidas.

Por fim, vale lembrar que qualquer que seja o interesse do intercambista, sempre deve ser feita uma cuidadosa pesquisa por empresas que sejam apropriadas para instruir uma viagem adequada e segura.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

DEIXANDO O NINHO
A dor e a delícia de sair da casa dos pais e ganhar o mundo

Para um jovem, morar sozinho é mais do que ter sua própria casa, é ter a senha para a liberdade e a independência. Alguns saem de seus lares pela simples vontade de terem o seu próprio canto, seja para receberem amigos ou para ficarem longe das cobranças e zelos paternos. Outros saem pela necessidade, como foi o caso do estudante Leon Cleveland, de 20 anos. Ele saiu da casa da família em Paraíba do Sul , no estado do Rio de Janeiro, aos 19 anos para vir estudar Comunicação Social/Jornalismo em Juiz de Fora. Eu queria estudar, então vim pra Juiz de Fora por ser um lugar mais perto da minha cidade natal e também porque aqui as minhas despesas seriam menores. De certa forma queria sair de casa.  Mas não chegava a ser sonho ou uma espera desesperada. Foi muito mais necessidade que vontade de morar longe da família.

Diferentemente dele, Marina Andrade, 19 anos, esperava ansiosa o dia em que se libertaria da corrente dos pais. A estudante saiu de sua cidade natal, Bicas, assim que foi aprovada no vestibular de psicologia, há mais ou menos um ano.Meus pais sempre foram super protetores, e muitas vezes isso me sufocava. Eu queria ter mais liberdade e menos cobranças. Queria ter um lugar onde eu pudesse receber meus amigos, não ter horários estipulados e nem vigias 24 horas.

Em muitos casos o que os jovens querem é espaço. Os pais nem sempre concordam com essa idéia, acham que é cedo demais para que os filhos batam suas asas sozinhos.  Segundo a psicóloga Vera Salles Mari, saber a hora certa de deixar o filho sair de casa é uma tarefa difícil, mas tomando algumas precauções essa saída pode ser menos conturbada. É importante que os pais percebam se o filho já é maduro o suficiente pra suportar a separação, se ele tem certa independência para resolver seus problemas mais imediatos sozinhos. E também se consegue se comunicar facilmente com as pessoas de casa.”


Nem tudo o que reluz é ouro

Assim como todas as coisas na vida, morar sozinho tem seu lado positivo, mas também o negativo. Deixar pra trás a vida com a família implica abandonar a comida preparada pela mãe, a casa limpa, a roupa passada e outras tantas mordomias que só se encontra na casa dos pais. Como que eu faço pra tirar a mancha dessa blusa? Quanto tempo demora para o óleo ficar quente? Cozinho isso no fogo alto ou no fogo baixo? Tenho que descongelar a geladeira de quanto em quanto tempo? De repente, as dúvidas mais simples, parecem ter soluções difíceis. Além do mais, os jovens estudantes tem que lidar com problemas como falta de gás, chuveiro quebrado e outros típicos problemas domésticos.Ao optar em ter seu próprio espaço o jovem precisa estar ciente de que não vai haver ninguém ao seu lado todos os dias para lhe dizer o que é certo e o que é errado. E ele terá que lidar com todas as dificuldades. Afinal, não há liberdade sem responsabilidades.

Quando o assunto é o pior de se morar sozinho, um item sempre citado é a solidão e a saudade de casa. Ás vezes o estudante passa tantas horas sozinho que começa a sentir muita falta da companhia dos pais e dos familiares. E é o que Leon relata em entrevista a seguir.



quarta-feira, 6 de abril de 2011

Posse do novo Reitor no CES


Sociedade Mineira de Cultura (SMC), a mesma mantenedora da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC), é a nova gestora do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF). A mudança faz parte de um acordo com a Associação Propagadora Esdeva, instituição ligada à Congregação do Verbo Divino, a anterior mantenedora da faculdade. 

A solenidade aconteceu no anfiteatro
do CES.
Na última quinta-feira, dia 31 de março, foi realizada a cerimônia na qual o Prof. Marcelo Leite Metzker, tomou posse como novo Reitor do CES/JF, oficializando essa nova fase de gestão. Pe. José Carlos deu seu último discurso como Reitor da instituição, destacando que a faculdade continua com a mesma busca incansável pela educação técnica e moral de seus alunos. Gratificou-se frente a toda comunidade CES e pelos anos de sua permanência como Reitor, que julga positiva.

O novo Reitor, o Prof. Metzker, fez uma declaração muito otimista a respeito dos próximos cinco anos, e acredita que a instituição possa ser ainda melhor do que é hoje. Metzker está há 13 anos na PUC Minas, já atuou como pró-reitor do Campus de Arcos, e muito emocionado, disse estar motivado com o novo desafio.
Posse do novo Reitor
do CES/JF.

No encerramento, Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, Reitor da PUC Minas, ressalvou que a transferência de mantença do Centro de Ensino Superior para a SMC não se trata de uma aquisição, mas de uma cooperação recíproca entre instituições, até a prevista data de 31 de março de 2016.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Comunicação Corporativa: uma aliada do sucesso

O  Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora promoveu no dia 21 de março  uma palestra com o assessor de comunicação corporativa da Fiat Brasil e Diretor da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), Roberto Baraldi. A palestra fez parte da Aula Inaugural promovida por alunos e professores do curso de Comunicação Social/Jornalismo e Publicidade, e teve como tema principal a gestão da comunicação estratégica dentro de uma empresa.

Com sua vasta experiência na área, Baraldi falou sobre assuntos como comunicação interna, propaganda corporativa, relações com a mídia, marketing e gerenciamento de crises. Enfatizou a importância da construção da imagem e da reputação de uma empresa perante os segmentos que influenciam ou são influenciadas pelas ações de uma organização, os chamados stakeholders.
O assessor também apontou a importância das redes sociais como ferramenta  para dar visibilidade à empresa e à seus produtos/serviços, além de aproximar o público interno e externo da corporação e promover a marca.

Antes do início da palestra, alunos do 8º período de Publicidade e Propaganda e Jornalismo realizaram o lançamento das agências, projeto realizado na disciplina de Atividades Laboratoriais. O objetivo é colocar em prática os conhecimentos adquiridos durante o curso, através da realização de serviços de comunicação para clientes reais. As agências são: Integrare Comunicação,  Motio – marketing de sensações e Qubic – comunicação sem curvas.

Tabagismo: uma droga legalizada


Um assunto muito polêmico atualmente é o tabagismo, a toxicomania mais popular no mundo, caracterizada pela dependência física e psicológica do consumo de nicotina. Causador de graves doenças, o cigarro é o culpado das maiores incidências de câncer de pulmão, e de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a cada  dez segundos alguém morre pelo uso do tabaco. Segundo as pesquisas, as pessoas que começam a fumar na adolescência (90% dos fumantes) e persistem no vício, provavelmente morrerão vinte a vinte e cinco anos mais cedo.

O Brasil é o um dos maiores exportadores e produtores mundiais de tabaco, e a proporção de fumantes no país é de 23,9% da população, segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios), em 2008. Estima-se que cerca de duzentas mil mortes por ano no país são decorrentes do tabagismo.

Cigarros e seus malefícios
à saude

No mundo, o hábito de fumar mata três milhões de pessoas anualmente. Hoje esse é um dos principais problemas de saúde pública, já que esses números mostram que o hábito se tornou mais fatal que a soma das mortes por AIDS, cocaína, heroína, álcool e suicídios. As doenças causadas pelo tabaco são responsáveis por perdas econômicas de aproximadamente duzentos bilhões de dólares.

No mundo inteiro o dia 31 de maio é considerado o Dia Mundial sem Tabaco. Essa data busca conscientizar a população sobre os malefícios do fumo e incentivar aos fumantes que deixem ou reduzam o consumo de tabaco.

Além disso, no Brasil, o Ministério da Saúde, através do INCA (Instituto Nacional de Câncer) coordena e executa, em âmbito nacional, o “Programa de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer”, propondo à prevenção de doenças através de ações que estimulem a adoção de condutas de vida saudáveis, que contribuam para a redução da incidência de doenças tabaco-relacionadas no país. As ações do Programa são desenvolvidas para capacitar e apoiar os municípios brasileiros e incluem as áreas da educação, legislação e economia. 

P
or fim, é possível concluir que o cigarro faz parte do grupo de drogas consideradas de alta periculosidade a saúde humana, já que vidas são perdidas a todo instante pelos malefícios do hábito.

segunda-feira, 14 de março de 2011

CES-JF divulga blogs de alunos

O Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora divulgou esta semana em seu site, www.cesjf.br, blogs dos alunos do 7º período de Comunicação Social.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Carnaval do interior: economia, tranquilidade e muita diversão


As cidades do interior atraem todos os anos no Carnaval milhares de pessoas de todos os lugares do país. São foliões que  buscam simplicidade e tranquilidade sem deixar de lado a diversão. Lugares como São João Del Rey,Ouro Preto e Diamantina são os mais procurados por quem não dispensa participar de uma boa folia. Mas não é preciso ir tão longe para encontrar um carnaval de qualidade. Aqui, mesmo nos arredores de Juiz de Fora, algumas cidades pequenas vem ganhando a cada dia a simpatia e a preferência dos carnavalescos.
 
Mar de Espanha é um exemplo disso. Localizada a 60 km de Juiz de Fora, a cidade de aproximadamente 12 mil habitantes, se prepara para o carnaval de 2011 e promete agradar os foliões. Além do tradicional carnaval de rua com bandas tocando as mais variadas marchinhas de carnaval, o desfile de 50 anos do bloco mais famoso da cidade, o Zé Pereira,  a cidade também conta com mais de 6 blocos comerciais, que vendem abadas e concentram os foliões no Parque de Exposições.


Foliões no carnaval de
 Mar de Espanha

A estudante Larissa Mello já participou de vários carnavais na cidade e diz não ter lugar melhor: “Além da festa ser bastante animada e de encontrarmos pessoas de todos os lugares, lá eu consigo me divertir sem me preocupar, porque a cidade é bastante tranqüila e a segurança é bem reforçada nessa época do ano”.  Fernanda Rodrigues diz que o ponto forte da cidade é o aconchego e a receptividade dos moradores “Os mardespanhenses são ótimos anfitriões. No carnaval da cidade encontramos muita gente bonita e muita animação”. Ela ainda levanta outro ponto que influencia na sua escolha em passar o carnaval na cidade: a economia. “A cidade oferece vários hotéis, pousadas com preços bastante acessíveis. Além  de haver várias casas para alugar nessa época. O melhor de tudo são os blocos com bebida liberada, que ajudam, principalmente os estudantes a gastarem menos”, diz.


Uma contradição social
Crônica



Um jovem que indicava não ter nada na vida. E de fato não tinha. De fato nunca teria.

Sandro do Nascimento, o autor de toda a tragédia do ônibus 174, menino de rua, jovem marginalizado, adulto sem perspectivas. Começou a infância presenciando o assassinato da sua mãe a sangue frio, assistindo as facadas sangrentas. Poucos anos depois tornou-se um dos poucos sobreviventes do massacre da Candelária, foi preso diversas vezes... Nunca conseguiu uma vida digna, nunca estudou, nunca teve oportunidades.

Existem muitos Sandros na rua hoje. Basta olhar para o lado que vamos ver um deles lá, implorando um pouco de visibilidade, de vida. Mas não adianta! Eles continuam sendo o lixo da população. Nós fechamos os olhos, ignoramos, os tornamos apenas seres invisíveis.

Acomodados nos nossos apartamentos deixamos que crianças como nossos filhos sejam criados a mercê da miséria, da desgraça. Ignorando sua situação estamos tirando deles o direito de existir com dignidade. E logo vem o nosso consolo “quem luta consegue mudar” ou “ele não quer nada com nada”. Resta a dúvida: já perguntaram para eles se eles estariam ali se tivessem qualquer outra oportunidade? Não. Mas não vem ao caso... O que realmente importa é ter a consciência limpa, viver nossa vidinha medíocre tranquilamente, com as bundas acomodadas no sofá quentinho da nossa sala.

A sociedade capitalista é por si mesma uma contradição social. Por que de acordo com a lei, de acordo com todas as garantias que o governo oferece, não deveriam existir crianças nas ruas. De acordo com essa lei bonita, todas as pessoas – eu disse todas, independente da classe social – deveriam ter acesso a direitos humanos básicos. Isso inclui saúde, isso inclui educação, isso inclui no mínimo um teto para viver.

Basta ver a história como do ônibus 174 para observar as grandes contradições do nosso sistema. O jovem que não teve, não tem e nunca teria acesso a nada “merecia mesmo morrer”. O povo condena a morte de um marginal por considerar violenta sua atitude, mas apóia a polícia na brutalidade de matá-lo a sangue frio.

E é isso que o povo quer... Que “limpem” as ruas, tirem esses lixinhos humanos insignificantes das nossas vistas, para que assim continuemos a levar nossa vida em paz.

Basta saber... Até quando será possível?

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Casos de dengue aumentam
em Juiz de Fora

Areia nos vasos de planta acabam
com a água parada.

Após a população de Juiz de Fora enfrentar uma epidemia de dengue no ano passado, a cidade inicia 2011 com números ainda mais preocupantes. Na última segunda-feira, foi anunciada a confirmação de 65 casos da doença, pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (DVEA).

Para combater a doença no município, a prefeitura segue junto com o DVEA com ações de prevenção, limpeza e com fortes campanhas publicitárias para conscientização da população, já que cerca de 80% dos criadouros estão dentro das próprias residências. Adnair Luna fez sua parte, quando denunciou um reservatório de água parada na casa desocupada ao lado “eu liguei, eles demoraram um pouco pra vir, mas realmente vieram e resolveram o problema”, conta a dona de casa.

Quem já teve a doença sabe sua gravidade, como é o caso do operador de câmera Francisco Barbosa “sentia cansaço, muito cansaço. Febre alta e constante. Mas depois foram aparecendo as manchas pelo corpo e falta de apetite... Foi terrível!” Outra vítima da doença foi o estudante Leon Cleveland, que hoje se previne sempre “esvazio garrafas, deixo areia no vaso de planta... O problema é que ninguém faz isso.”

Para ajudar no combate ao aedes aegypti é só ficar atento a qualquer reservatório de água parada, como vasos de planta, pneus, entre outros. Outras informações ou denúncias ligue (32) 3690-7000.

Onde foi parar o radiojornalismo?


Em Juiz de Fora o início do radiojornalismo deu-se em meados dos anos 20. De lá pra cá, a informação no rádio juizforano se perdeu, muito pelo surgimento da televisão e também pela popularização das FM's (emissoras em frequencia modulada).

Renata Vargas, jornalista e professora do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora , diz que atualmente o departamento jornalístico da maior emissora AM de Juiz de Fora produz, substancialmente, conteúdo para a FM. "Isso significa uma redução drástica na cobertura jornalística da cidade e até mesmo dos municípios vizinhos", completa.

Para Maurício Oliveira, repórter e apresentador de noticiários da Rádio Solar, a queda do radiojornalismo na cidade pode ser relacionada à uma questão de mercado: menos investimentos, menos profissionais. "Os veículos de comunicação, principalmente de cidades de pequeno porte, sofrem com a redução da receita e, consequentemente, redução de equipe. Com isso, temos um jornalismo de rádio cada vez menos apurado, feito por menos profissionais."

Apesar das dificuldades, o radio é um importante caminho para a informação, já que uma de suas principais características é o imediatismo na cobertura jornalística e sua proximidade com o ouvinte. Nesse veículo as notícias transitam de forma rápida e democrática. Então porque não enfatizar o jornalismo na programação? Maurício acredita ser possível viabilizar o radiojornalismo na cidade, desde que os diretores das emissoras mostrem interesse, mas pondera: "é preciso reformular a maneira de apurar as matérias, com o objetivo de modernizar e atrair mais jovens".

Renata chama à atenção para algo importante: "É um equívoco acreditar que a informação não traz credibilidade, reforço da imagem e retorno comercial a uma emissora de rádio. O veículo é formado pelo trinômio: informação, música e utilidade pública. Esses fatores, juntos, contribuem para o crescimento do rádio, a identificação da emissora junto ao ouvinte e, consequentemente, o crescimento da empresa". É preciso interesse, notícias e bons profissionais. E isso não falta em Juiz de Fora.